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Versão televisiva de O Casarão estreia esta noite na RTP2

Versão televisiva de O Casarão estreia esta noite na RTP2

A versão televisiva de O Casarão, de Filipe Araújo, estreia este dia 27 de dezembro no serão da RTP2. Uma oportunidade para penentrar no interior do seminário mais progressista do país durante os anos da ditadura e navegar pelas suas memórias

O Casarão é uma produção da Blablabla Media, com distribuição da Zero em Comportamento e apoios à produção do ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual e da Sociedade Portuguesa de Autores. Também já disponível na sua versão cinematográfica em DVD, numa edição especial com vários extras.

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O Casarão: edição especial em DVD disponível a partir de hoje

O Casarão: edição especial em DVD disponível a partir de hoje

Um ano após a sua estreia comercial nas salas, O Casarão, de Filipe Araújo, chega esta semana ao mercado do DVD numa edição especial com conteúdos exclusivamente produzidos para o disco. Os testemunhos inéditos de João de Melo e Frei Bento Domingues, antigos ex-seminaristas na instituição objeto da obra, são duas das novidades do suporte

Um velho casarão apodrece no coração de uma aldeia rasgada ao meio por uma estrada onde os carros já não param. O realizador Filipe Araújo quis desvendar os mistérios por detrás do antigo epicentro da terra – o mais progressista seminário católico português durante a ditadura, que, quase meio século depois, aspira a uma segunda vida. O Casarão foi o filme que nasceu desta sua pulsão e que chega agora em versão DVD numa edição especial que inclui cenas cortadas, uma entrevista com o autor e testemunhos inéditos do romancista João de Melo (autor de “Gente Feliz com Lágrimas”) e do pensador e teólogo dominicano, Frei Bento Domingues, ambos ex-seminaristas daquela instituição.

O filme, que está já disponível para compra na loja do site da Zero em Comportamento, e no início do ano chegará às FNACs, Cinemateca Portuguesa e outras lojas especializadas espalhadas por todo o país, desvenda o papel que o antigo seminário dominicano de Aldeia Nova teve nas vidas dos muitos rapazes que passaram pelas suas salas e corredores, e o destino que agora poderá ter.

No curso das ditaduras do século XX e da ressaca das Grandes Guerras, o acesso ao conhecimento sistematizado para os estratos baixos da sociedade e nos contextos rurais, onde se encontrava o grosso da população, era praticamente nulo.

Havia, contudo, duas exceções: a oferecida pela profissionalização militar e a via religiosa — encaradas como um dos raros passaportes para uma vida melhor. Foi esse o caminho percorrido pelo pai de Filipe Araújo, professor universitário e investigador científico. Nascido no seio de uma aldeia minhota, foi o único dos cinco irmãos a seguir os estudos. Conta que o fez aliciado pelo prior da terra, que lhe acenou com as mais excitantes disciplinas do saber, apresentando-lhe a vocação religiosa como um “dom para melhorar o mundo”. Tinha 10 anos quando ingressou no seminário de Aldeia Nova.

“A premissa deste projeto nasce da vontade de colocar em diálogo dois Portugais separados por um intervalo de meio século e ligados através de um mesmo edifício. É, portanto, um filme sobre finais de ciclo, mas também sobre um paradoxo. No caso, o paradoxo que é, em plena ditadura salazarista e num lugar carregado de isolamento, a “descoberta da liberdade” por parte de um grupo de pré-adolescentes a preparar-se para algo que nunca viria a ser”, explica Filipe Araújo.

Para o realizador, este documentário constituiu uma oportunidade de levantar o véu não apenas sobre um imóvel com história caído no esquecimento, como também sobre a improvável experiência feliz de mais de uma centena de vidas construídas entre dois mundos: o secular e o religioso.

Com esse propósito, O Casarão convida-nos a acompanhar a passagem de testemunho do antigo seminário através de António, caseiro do edifício desde o tempo dos padres, recuperando paralelamente as memórias dos seminaristas por intermédio de cartas, diários e textos dispersos entretanto reunidos.

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Cosmopolitismo, arte, música e conversa solta trazem cor e sabor aos serões televisivos de domingo

Cosmopolitismo, arte, música e conversa solta trazem cor e sabor aos serões televisivos de domingo

Sem cerimónias. É já no próximo dia 11 de dezembro que a cantora Karyna Gomes abre as portas da sua casa criola no coração de Lisboa para receber amigos, brindar à vida e partilhar experiências. Assim será o Canto da Casa, o novo formato da RTP África para as noites de domingo, co-produzido pela Blablabla Media e pela Garden Films, e com o patrocínio da Adega Mayor. Um irrecusável convite para oito serões intimistas, marcados pelas cores, sabores, ritmo, poesia e música da lusofonia

Estreia já no dia 11 de dezembro, pelas 21h15, a nova aposta da RTP África para os serões de domingo. Uma série de oito episódios com condução da cantora e jornalista guineense Karyna Gomes, anfitriã do espaço que todas as semanas congregará à volta do fogão, da mesa ou no sofá, mais de uma mão cheia de convidados.

Umas vezes, há comida ao lume que alguém ajuda a terminar; noutras, prepara-se um petisco. O convívio segue então entre a sala, o pátio e a cozinha, onde se vão juntando amigos e, entre uma gargalhada e dois dedos de conversa, a música acontece.

Literatura, cinema, música, causas sociais, lançamentos, sonhos e aspirações. De tudo se pode falar no cosmopolita e eclético Canto da Casa, onde tanto chegam talentos emergentes como glórias consolidadas. Artistas como o rapper Prodígio, o cantor Dom Kikas, a mítica banda Tebanka Djaz, a cantora Maria Alice, a atriz Isabél Zuaa, a encenadora Natália Luísa, o ator Miguel Seabra, a realizadora Ana Sofia Fonseca, a curadora Ana Miranda, o escritor Ernesto Dabo, o pintor Sidney Cerqueira, ou a apresentadora Neusa Sousa.

Co-produzido entre a Blablabla Media e a Garden Films a partir de uma ideia original de Carla Adão, o Canto da Casa conta com a realização de Carlos Isaac e tem o patrocínio da Adega Mayor.

Apoios à produção:
Adega Mayor | Delta Q | Delta – The Coffee House Experience
Urucum | Perve Galeria / Casa da Liberdade – Mário Cesariny