Também disponível internacionalmente na OPTO, em versão alargada, estreia já esta quinta-feira, dia 6 de outubro, na SIC, o primeiro episódio da mais recente co-produção da Blablabla Media. Assinada por Sofia Pinto Coelho, Despojos de Guerra revela histórias extraordinárias de espionagem, patriotismo, sobrevivência e romance tendo como pano de fundo a guerra colonial portuguesa em África
Com recurso a imagens de arquivo extraordinárias, pela primeira vez submetidas a um processo de colorização inédito em Portugal, esta série documental de quatro episódios vem dar voz a inesperados protagonistas anónimos que relatam as encruzilhadas que enfrentaram em tempo de guerra e de descolonização. A Informadora será o primeiro dos quatro capítulos a estrear no horário nobre da televisão de Paço de Arcos. Esta quinta-feira, dia 6 de outubro, dentro do Jornal da Noite.
EPISÓDIO 1: A informadora | No auge da guerra colonial em Angola, uma comerciante e o marido avisavam a PIDE (polícia política) quando os guerrilheiros iam à sua loja abastecer-se de mantimentos. Sebastiana Valadas revela qual era o seu nome de código, quanto recebiam pelas informações e como prendiam os “turras”. Depois da descolonização, um deles ajustou contas e mandou prendê-la.
EPISÓDIO 2: Combatente africano | Milhares de africanos combateram ao lado dos portugueses na guerra colonial. Com a descolonização, foram deixados à sua sorte. Alguns foram fuzilados ou perseguidos pelos novos poderes e mesmo para receber tratamentos médicos é-lhes dificultada a vinda a Portugal. Como é possível que não se faça justiça perante estes homens que estiveram na dianteira da guerra, como é o caso do antigo Cabo Luís Silva?
EPISÓDIO 3: Corredor da morte | O que significará dar a vida pela pátria? Contrariados ou voluntariosos, foi o que fizeram 800.000 jovens a partir de 1961. A Guiné estava transformada no mais duro e mortífero campo de batalha e foi para lá que foram enviados o piloto-aviador Miguel Pessoa e a enfermeira paraquedista Giselda Antunes.
EPISÓDIO 4: Laços de sangue | Chamam “filhos de tuga” aos mestiços nascidos das relações entre militares portugueses e mulheres africanas que foram deixados para trás. Entre a revolta e a esperança, ainda hoje tentam encontrar um nome de pai e descobrir a outra metade da sua identidade, como sucede aos irmãos Elva e José Maria Indequi.